X Simpósio Nacional de Olivicultura – Porquê participar?
Motivos não faltam para participar no X Simpósio Nacional de Olivicultura, que irá decorrer no Instituto Politécnico de Bragança, de 23 a 25 de outubro de 2024, subordinado ao tema “Inovar para a Sustentabilidade em Olivicultura”.
O Simpósio é organizado pela Associação Portuguesa de Horticultura, em parceria com o Instituto Politécnico de Bragança e a Associação dos Produtores em Proteção Integrada de Trás-os-Montes e Alto Douro.
Aqui ficam testemunhos de quem já se inscreveu-se para participar no Simpósio.
Para inscrições e mais informação aceda a: https://aphorticultura.pt/eventos/10sno/
“É UM ESPAÇO DE PARTILHA DE CONHECIMENTOS”
Francisco Mondragão Rodrigues, Coordenador do Mestrado em Agricultura Sustentável da Escola Superior de Biociências de Elvas
“A participação no X Simpósio Nacional de Olivicultura é uma oportunidade para apresentarmos os trabalhos que temos desenvolvido no olival e ficarmos a conhecer o trabalho mais recente dos vários grupos que se dedicam à investigação e experimentação em olivicultura em Portugal, nos mais variados contextos, alguns muito diferentes da nossa realidade.
É um espaço de partilha de conhecimentos, de experiências e dificuldades vividas no campo e em laboratório e de debate crítico sobre os trabalhos apresentados e as suas metodologias e resultados.
É também uma oportunidade para fazer networking, conhecendo novos atores nesta área temática e estabelecendo contactos para futuras parcerias”.
“ABORDAREMOS QUESTÕES DE SEGURANÇA ALIMENTAR E CONTAMINAÇÃO DE AZEITE”
Pablo González Torres, Investigador do Departamento de Engenharia Química, Ambiental e de Materiais do Instituto Universitário de Investigação em Olival e Azeite (INUO), da Universidade de Jaén
“O X Simpósio Nacional de Olivicultura em Bragança é relevante para a nossa investigação sobre a degradação e migração de contaminantes em óleos vegetais comestíveis embalados em polietileno tereftalato (PET). Este evento é uma plataforma chave para discutir os avanços científicos e tecnológicos na olivicultura, permitindo que investigadores, académicos e profissionais do setor partilhem descobertas e melhores práticas.
Abordaremos questões de segurança alimentar, contaminação de azeite e efeitos do tratamento térmico na estabilidade do produto. Além disso, participaremos da troca de conhecimento sobre metodologias analíticas, regulamentações e estratégias inovadoras. Vamos nos concentrar na análise da degradação das propriedades físico-químicas e organolépticas do azeite embalados em PET e na presença de compostos orgânicos voláteis (COV)”.
“O SIMPÓSIO REGRESSA A BRAGANÇA 26 ANOS DEPOIS”
Fátima Peres, Prof. Coordenador na Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Castelo Branco, responsável pela área de Tecnologia do Azeite
“Vinte e seis anos após o I Simpósio Nacional de Olivicultura, a décima edição deste evento realiza-se precisamente em Bragança, onde tudo começou. Fecha-se, talvez, um ciclo para quem esteve em todas as edições, em que alguns dos que nos acompanharam ou já não estão entre nós ou há muito se reformaram, deixando-nos o papel de passar o testemunho às novas gerações, nomeadamente do respeito que temos pela oliveira, o olival, a azeitona e por fim pela produção de azeites de altíssima qualidade, que Portugal tem a maior potencialidade de alcançar.
O tema do presente simpósio ‘Inovar para a Sustentabilidade em Olivicultura’, vai congregar as preocupações dos olivicultores/industriais e os diversos estudos que têm sido feitos nos últimos anos de forma a obter melhor matéria-prima e consequentemente azeites com potencialidade para garantir a sua permanência no nicho “food as medicine”, onde sempre esteve, mas que a descoberta de novos compostos químicos, ou a conjugação com outros ingredientes pode ainda reforçar”.
“PRECISAM-SE NOVAS CULTIVARES QUE COMBINEM TRADIÇÃO E INOVAÇÃO”
Isabel Cortez, Professora no Departamento Produção Vegetal, Universidade Politécnica de Valência
“Durante anos, Espanha tem sido um grande produtor olivícola, mas nos últimos anos houve uma grande mudança técnica e no tipo de consumidor. A sustentabilidade do olival tradicional deve ser transmitida ao olival intensivo visando uma produção técnica e economicamente sustentável.
O controlo da rega é um desafio atual para a olivicultura, através da análise e utilização de dados captados por sensores, permite não só poupar água, mas também reduzir custos de produção e esta é uma das atuais linhas de investigação.
A obtenção de azeites de qualidade requer novas técnicas de deteção em laboratório que permitam consumidores mais informados e azeites mais saudáveis. Uma forma de o conseguir é com novas cultivares que combinem tradição e inovação e que sejam mais resistentes a pragas e doenças.
O consumidor atual procura e sabe perfeitamente o que é um azeite virgem extra e quais as variedades que são capazes de obter essa peculiaridade e diferença na boca, o que torna um azeite diferente do outro, pelo que a inovação deve manter a origem que o consumidor exige”.
“UMA OPORTUNIDADE ÚNICA PARA QUEM PRETENDE EMPREENDER EM OLIVICULTURA”
Uncommon Time, Lda, empresa produtora de azeite e azeitona de mesa em Trás-os-Montes
“Estes simpósios constituem-se uma mais-valia, representando uma oportunidade para pessoas que tal como nós provêm de áreas e backgrounds totalmente diferentes, não possuindo qualquer conhecimento no âmbito da agricultura.
No nosso caso em particular, a agricultura era um hobby ao qual os nossos pais se dedicaram após a reforma, de forma a continuarem ativos e simultaneamente preservando um legado familiar.
A qualidade e potencial dos produtos agrícolas e do setor em Trás-os-Montes são indubitavelmente uma oportunidade única de empreender e contribuir para o desenvolvimento e divulgação das nossas origens.
Nesse sentido, este simpósio é fundamental para aquisição de conhecimento e know-how, troca de experiências e sinergias que promove, configurando-se uma oportunidade única para quem pretende empreender neste setor”.