História

Em 1975, após a Revolução de 25 de abril, um grupo entusiástico e determinado de profissionais do sector público e privado, de investigadores e de docentes, que tinham ligações às Universidades, ao Ministério da Agricultura e às empresas de produção e serviços do sector hortícola, resolveram reunir-se para aquele que seria o arranque da Associação Portuguesa de Horticultura. O grupo sentia a necessidade de criação de uma associação onde se agregassem os interesses públicos e privados da horticultura e que promovesse a divulgação do conhecimento científico e técnico, além de contatos com o exterior. Sucederam-se reuniões para discussão daquela que seria a primeira associação profissional portuguesa na área da horticultura, em Lisboa, Aveiro, Évora, Couto, Vila Franca de Xira e Algarve.

Nestas reuniões era cada vez mais notória a necessidade de fundar uma associação interclassista com todos aqueles que se dedicavam à horticultura e que tinham os mesmos objetivos. A hipótese de uma inserção na Sociedade de Ciências Agrárias de Portugal (SCAP) foi complicada, uma vez que esta só admitia como associados engenheiros agrónomos ou silvicultores. A solução encontrada foi a criação de uma Secção Especializada da SCAP que foi finalmente formalizada a 7 de junho de 1976. A primeira reunião formal da nova associação decorreu a 23 de julho, onde cerca de trinta pessoas elegeram a primeira Direção. Carlos Portas, associado número um, foi nomeado Presidente, José Dias Carreiro, Vice-presidente para a Floricultura, Manuel Figueiredo, Vice-presidente para a Horticultura, José Suspiro, Secretário, Manuel Gonçalves Rodrigues, Martin Stilwell e José Barrote, Vogais.

A APH foi criada como uma associação técnico-científica, pois não havia em Portugal muitas pessoas ligadas ‘à ciência’. A ideia era mesmo de poderem vir a ser associados ‘indivíduos com diferentes formações académicas, mas empenhados nas mesmas atividades, sendo neste caso a sua admissão condicionada a apresentação de proposta por dois ou mais sócios efetivos. 

Embora inicialmente a APH abrangesse só as plantas herbáceas comestíveis e as plantas ornamentais, em 1984, após várias reuniões para o seu alargamento para o sector da fruticultura, a associação passou a designar-se Associação Portuguesa de Horticultura e Fruticultura (APHF). A Horticultura em sensu lato passou a ser considerada na APH em 1991, com a inclusão da viticultura, retomando o nome inicial de Associação Portuguesa de Horticultura (APH). Em 2004, foi criada a Vice-presidência para a olivicultura, passando a Direção a ser formada por cinco Vice-presidentes: horticultura herbácea, fruticultura, horticultura ornamental, viticultura e olivicultura.

Foi em 1991 que a APH se constituiu como sociedade comercial, com estatutos próprios publicados em Diário da República, pois começaram a sentir-se dificuldades de natureza legal para desenvolver a sua atividade. Nestes termos constituiu-se uma associação denominada ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE HORTICULTURA, com sede em Lisboa, na Rua da Junqueira, nº. 299, 1300-338 LISBOA (freguesia de Santa Maria de Belém) Lisboa. Em 1999, a APH foi reconhecida como pessoa coletiva de utilidade pública.

História da Associação Portuguesa de Horticultura.

Livro “25 ANOS DA ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE HORTICULTURA”, coordenado por António Marreiros, Cristina Oliveira e Isabel Mourão (2001)

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