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Projeto TomAC demonstra benefícios das culturas de cobertura na produção de tomate para indústria

O consórcio do projeto TomAC – Produção Sustentável de Tomate para Indústria através da Aplicação dos Princípios da Agricultura de Conservação reuniu-se, no final de março, em Vila Franca de Xira, no campo onde decorre o ensaio, para a produção de um vídeo que documenta a fase final do ciclo da cultura de cobertura e destaca os seus objetivos e os resultados obtidos.

A cultura de cobertura foi instalada no início de novembro de 2023 na parcela onde o tomate será plantado agora na Primavera e tem como objetivo a cobertura permanente do solo, um dos princípios da Agricultura de Conservação. A mistura selecionada, composta por gramíneas, leguminosas e brássicas, visa proteger o solo contra a erosão, melhorar a sua estrutura e biodiversidade, reduzir a lixiviação de nutrientes e aumentar o teor de matéria orgânica e o sequestro de carbono.

As gramíneas atuam retendo os nutrientes no solo, que resultam da fertilização aplicada ao longo do ciclo da cultura do tomate de indústria, mitigando assim a perda dos nutrientes por lixiviação. Após a decomposição dos resíduos da cultura de cobertura, os nutrientes são devolvidos ao solo, podendo ser utlizados pela cultura seguinte: o tomate de indústria.  Com as leguminosas pretende-se a fixação do azoto atmosférico e a sua consequente disponibilização ao solo, e com as brássicas pretende-se um efeito nematodicida.

“Um dos principais resultados da cultura de cobertura é a retenção de azoto, já obtivemos valores a rondar os 70 a 120 kg de azoto por hectare, face a apenas 5 kg/ha retidos pela vegetação espontânea no sistema Convencional. Além da melhoria da estrutura do solo e de todos os efeitos benéficos que a manutenção dos resíduos da cultura de cobertura pode ter na cultura do tomate de indústria”, afirma Ricardo Vieira Santos, investigador do MED-UÉvora.

“Participamos no projeto ‘TomAC’ porque acreditamos numa produção mais sustentável e com uma mobilização mínima do solo. Até ao momento conseguimos ter um rendimento maior mantendo a qualidade do produto final”, garante Ana Casimiro, gestora e coordenadora de ensaios da AG-Innov – Centro de Excelência do Grupo Sugal, produtor e transformador de tomate para indústria que detém cinco fábricas de concentrado em Portugal, Espanha e no Chile.

O projeto ‘TomAC’ faz parte do plano de compromissos da Syngenta a nível mundial com a Agricultura Sustentável e de Conservação. Nuno Zibaia, Técnico Gestor Conta Cliente da Syngenta no Ribatejo, sublinha a importância deste projeto para a companhia e afirma que é uma demonstração da notoriedade que a cultura do tomate para indústria tem em Portugal.

O ensaio do projeto TomAC decorre desde 2021 numa parcela de 12 hectares da Sogepoc. O consórcio é constituído pelo MED-UÉvora, o AG-Innov-Centro de Excelência do Grupo Sugal, a APOSOLO- Associação Portuguesa de Mobilização de Conservação do Solo e a Syngenta.

Saiba mais sobre o TomAC neste link: https://www.syngenta.pt/produzir-tomate-para-industria-com-praticas-de-agricultura-de-conservacao-e-viavel-e-sustentavel

VEJA AQUI O VÍDEO