A crise do Covid-19 vai pôr um travão ao forte crescimento das exportações nacionais de frutas legumes e flores, que em 2019 ultrapassaram a fasquia dos 1600 milhões de euros. Gonçalo Andrade, presidente da Portugal Fresh, reconhece que o setor tem pela frente um enorme desafio, mas também novas oportunidades de negócio com o crescimento das compras online de produtos frescos.
Qual o impacto da crise Covid-19 no setor dos pequenos frutos?
Este é um setor fortemente exportador que depende muito do mercado europeu. Em 2019, o valor das exportações de pequenos frutos atingiu 238 milhões de euros, mais de 185 milhões relativos à framboesa. No início do período de confinamento houve dificuldade em escoar a fruta, parte dela ficou no campo. Isto porque a atividade nos mercados abastecedores europeus, que fornecem o canal HORECA, o food service e os cash and carry, esteve muito abaixo do normal. Os produtos frescos muito perecíveis foram os mais afetados. Nestas últimas semanas nota-se uma melhoria da procura, embora com um decréscimo de preços em todos os pequenos frutos, comparando com o ano anterior. Vai haver uma quebra significativa no valor das exportações.